Machado de Assis

Ícone da literatura brasileira

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Um dos maiores nomes da literatura brasileira, Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) nasceu na Chácara do Livramento, no Rio de Janeiro, que depois ganhou o nome de Morro do Livramento. Seu pai era Francisco José de Assis, pintor de paredes, e a mãe a portuguesa Maria Leopoldina. Ela se foi quando o menino tinha dez anos e a família mudou-se para São Cristóvão. Frequentou a escola, lia tudo que caia na mãe e começou a arriscar as primeiras poesias na adolescência.

Aos 15 anos, conheceu Francisco de Paula Brito, dono da livraria, do jornal, Marmota Fluminense, e da tipografia da cidade. Neste periódico saiu sua primeira publicação, o poema Ela. Foi o pontapé inicial de uma carreira ímpar. Trabalhou na imprensa, onde publicou suas famosas crônicas e contos, fez dez romances – entre eles clássicos como Helena, Dom Casmurro e Ressurreição – e, a partir de Memórias Póstumas de Brás Cubas, inaugurou o realismo no país. Foi mestre em analisar e descrever o comportamento humano com certa ironia, as relações e, em sua obra, contempla todos os gêneros literários.

Ao longo da vida, assumiu também cargos públicos, entre eles diretor da Diretoria do Comércio, na Secretaria de Estado da Agricultura, Comércio e Obras Públicas do Brasil. Fundou, em 1897, a Academia Brasileira de Letras, onde foi presidente por uma década. Morreu em 1908 e foi enterrado junto à sua esposa e amor de sua vida, Carolina Augusta Xavier de Novais, no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.

Durante muito tempo, a imagem divulgada de Machado não dava conta de que foi um homem negro. Sofreu embranquecimento. Campanha feita pela Faculdade Zumbi dos Palmares, a Machado de Assis Real, que teve início em 2019, mais de um século após seu nascimento, passou a mostrar a verdadeira face do grande ícone da escrita nacional.

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