Não apenas cartas de amor

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Um dos casais mais famosos da história brasileira foi Dom Pedro I e Domitila de Castro do Canto e Mello. Ainda que o príncipe fosse casado com Maria Leopoldina, teve uma paixão avassaladora pela moça, então com 25 anos, que protagonizou sua lista de amantes e ficou conhecida como Marquesa de Santos. A partir da primeira vez que se viram, começaram também as trocas de cartas – mais de 200, muitas delas estão no acervo da Biblioteca Nacional, no Rio -, muitas com um teor um tanto picante. Para se ter uma ideia, entre os escritos estava a preocupação da amada com o órgão sexual de Dom Pedro, ao que ele respondia com desenhos do mesmo. Em uma delas, chegou a enviar como ‘lembrança’ seus pelos pubianos, eram os ‘nudes’ da época. Também assinavam com seus apelidos, entre eles Fogo Foguinho e Demonão para o monarca, que rasgava elogios e carinhos à sua Titíla. O amor arrebatador foi intenso, tanto que tiveram cinco filhos, mas não perdurou. Depois que Leopoldina morreu, Dom Pedro I não teve coragem de assumir Domitila, casou-se com Amelia de Leuchtenberg e, da mesma maneira que por muitas vezes escreveu dizendo que a amava, a dispensou: por uma missiva.

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