‘Dom Pedro I era um homem com características que infelizmente encontramos em muitos hoje e classificamos como tóxicos’, afirma a diretora do filme ‘A Viagem de Pedro’, Laís Bodanzky

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Fabio Braga/Divulgação
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Para se contar a história de uma nação, geralmente são eleitos heróis. Aqueles ‘mocinhos’ que em nome dos seus enfrenta guerras, desastres naturais, adversidades, para fazer valer o poder e suas vontades. Como o Brasil não foge à regra, um destes protagonistas ao longo da história foi Dom Pedro I, o autor do grito da liberdade às margens do Ipiranga. Mas será que por trás da farda nobre ele era um homem infalível? Que embora tenha conseguido a emancipação brasileira comemorada agora, também não teria cometido alguns erros?

A fim de desconstruir essa figura tão formatada na história brasileira, a cineasta Laís Bodanzky, a convite do ator Cauã Reymond, mergulhou nesta personalidade e dirigiu o filme A Viagem de Pedro, que chega hoje aos cinemas brasileiros. Na trama, ela traz um verdadeiro mergulho na mente do primeiro imperador brasileiro, que não era um exemplo no tratamento interpessoal – principalmente com as mulheres que se relacionava -, no momento em que se despedia daqui para voltar a Portugal. “Quando saiu do Brasil, estava em um momento de uma grande crise política, totalmente isolado, o que o desestabilizou emocionalmente. E ele estava doente. Provavelmente tinha sífilis, nunca foi comprovado até hoje, mas todas as características levam a isso. Que causa, também, pequenos delírios, alucinações. Depois que a Leopoldina morreu, ele escutava a voz dela. Saía pelos corredores do palácio achando que ela estava lá”, conta Laís.  A doença causaria não só os devaneios, como um problema que o afetou significativamente: a impotência. Imagine isso na cabeça de um homem ‘perfeito’. Confira, a seguir, a entrevista completa: 

Nos livros de história vemos Dom Pedro I como o herói da nação. Mas o filme mostra o inverso disso, é o homem de carne e osso com todos seus fantasmas. Como foi desconstruí-lo?

Foi uma surpresa muito interessante, positiva, na hora que me debrucei nesta personagem e descobri suas sombras. Fiquei pensando que seria importante, até educativo, dividir esse sentimento que tive nessa pesquisa de perceber justamente que a história é feita por pessoas que têm seus dramas pessoais, seus medos, angústias, defeitos e assim ela vai sendo contada, narrada e vivida. A gente tem uma tendência a aceitar a narrativa oficial, que geralmente é um ponto de vista, e vem muito floreada, só revelando determinados acontecimentos sem a gente entender quem é aquela pessoa que de fato executou aquilo tudo. Meu cinema é de personagem, então já tenho naturalmente esse olhar. Mas quando me debrucei no Dom Pedro falei: ‘ah, aqui é uma grande surpresa’. Porque vai para além da questão que agora estamos, em plena data do bicentenário da independência, mas ele revelou para mim com olhar de hoje, um homem com características que infelizmente encontramos muitos hoje como ele, que a gente consegue realmente classificar como um homem tóxico, de abuso de poder. Com muita opressão de gênero e raça também, com esse mundo do poder muito focado no próprio falo. Esse universo também do  ‘eu posso tudo, tenho todas as mulheres, faço o que quiser’. Achei que era importante para a gente não olhar só a história dele, só este fato que vivemos neste ano. Mas em qualquer história, qualquer livro é preciso entender quem escreveu, de que ponto de vista. Porque a história pode ser contada por vários pontos de vista. Este filme tem uma licença poética, é contado do meu ponto de vista. 

E o título é uma metáfora, porque além de ser uma viagem à Portugal, também é ao interior dele, esse Pedro escondido. É isso?

Tem a ver com isso sim. O título em inglês tem outra conotação, mas semelhante: Pedro, Between the Devil and the Deep Blue Sea. Porque nessa travessia que ele faz, revisita seus demônios. Como a gente entra na cabeça dele, e isso é uma licença poética, temos contato com suas culpas, que todo mundo tem, mas a gente não sai contando para todo mundo. Às vezes guardamos tanto que fica só lá no nosso inconsciente. E o filme faz esse mergulho no mundo dos sonhos, delírios, porque achei que essa viagem interna da personagem tinha também uma deixa, na verdade, até dos próprios livros de história. Dom Pedro, quando saiu do Brasil, estava em um momento de uma grande crise política, totalmente isolado, o que o desestabilizou emocionalmente. E estava doente. Provavelmente tinha sífilis, nunca foi comprovado até hoje, mas todas as características levam a isso. Que causa, também, pequenos delírios, alucinações. Depois que a Leopoldina morreu, ele escutava a voz dela. Saía pelos corredores do palácio achando que ela estava lá. Combina com determinado quadro desta doença e também com a situação dele. Dom Pedro era um homem que a relação dele com o sexo era um pouco além de só o prazer. Sabe quando vira uma doença, um vício?  A pessoa não consegue não ter aquilo e desestabiliza seu emocional. É como a droga, a mesma coisa. A falta te dá um desequilíbrio mental. E ele estava impotente, provavelmente por conta da sífilis. Então um homem, com tanto poder, com a necessidade do sexo que mistura com o abuso de poder, de acreditar que ele pode, está impotente. Achei que isso era uma informação importante sobre aquela pessoa. Fazendo um paralelo também com os dias de hoje, onde o movimento feminista está tão atuante. Onde conseguimos identificar o que é um homem tóxico, expressão que há cinco anos não existia. Imagina há 200 anos atrás? Neste tempo um homem tóxico era absolutamente o padrão, o esperado, aliás o aplaudido. Só que hoje não podemos mais aplaudir uma pessoa assim. E na hora que o filme com essa proposta ajuda a gente a visitar seus demônios, angústias e culpas, de uma certa forma não só desconstrói essa figura desse herói, como também tudo aquilo que vem junto com ele. Nos faz questionar também a independência do nosso país. Foi feita por quem, às custas de quem? Será que teve projeto de país implantado, será que o Brasil mudou de 200 anos para cá? Falar do micro, do pessoal do Dom Pedro, minha intenção era provocar no espectador que ele saísse do cinema pensando para além daquilo, tivesse o desejo de ir nos livros de história, tentar entender o que aconteceu. Porque temos pouco contato com nossa história, é mais colocada como data para decorar e dizer que sabe. Mas quem são as pessoas que fizeram nossa história? Quais eram seus motivos pessoais, interesses?

Inclusive este é um período não contado da história dele. Como foi esse processo de pesquisa para você e como encontrou essas nuances da personalidade dele?

O filme é esse recorte de uma lacuna histórica que chamo – até coloco isso no final do filme, para deixar bem claro para os historiadores também. Falei: ‘nossa, vão pular em cima de mim se eu não deixar claro que não há registro da viagem’. Há registro de tudo que acontece antes dele embarcar, há o registro de quem embarcou, as coisas que ele levou, o estado emocional que estava. Depois vem que ‘a fragata’ chegou e a história continua dali para frente. Mas da viagem do Atlântico de dois meses não há registro. Tanto que nos livros estava que ele embarcou e no parágrafo seguinte que chegou. Não tem nada sobre a viagem e senti que não ter o registro, para mim como artista, me deu liberdade de imaginação. Para justamente não ter a obrigação do filme virar uma peça didática de história. É uma reflexão de um ponto de vista, no caso o meu, assumidamente. Outros devem ser feitos, outras histórias devem ser contadas. Ele não veio para ser o definitivo. Não tem nenhuma pretensão disso. Achei essa lacuna histórica ideal para justamente ter a liberdade de imaginarmos o que poderia ter acontecido durante essa travessia com uma pessoa que embarca neste estado de espírito. Que tem a intenção de chegar na Europa, fazer uma guerra quixotesca, que tudo dizia que ele ia perder. Qual o estado de espírito dele durante dois meses nessa embarcação com suas reflexões visitando seus demônios?

Li uma entrevista do Cauã que ele diz que a chamou para direção porque queria uma visão feminina sobre Dom Pedro. Como você trabalhou neste sentido, qual é o diferencial?

Acho justamente que é essa visão crítica para este homem que não enxergava um palmo na frente do nariz, no sentido de além de ter muito poder, mas de fato um abusador das mulheres. Ele tinha quem queria, na hora que queria, mas nenhuma empatia com outra pessoa, principalmente com as mulheres, mesmo as que amava. Não tinha a capacidade de entender que Leopoldina era uma máquina de fazer filhos, uma pessoa que era uma parceira intelectual, mas ‘você fica aqui e não aparece’. Também com a Domitila, que foi apedrejada pela sociedade porque era amante, mas ali existia amor de verdade. E quando poderiam viver isso publicamente ele simplesmente, de um dia para o outro, se desfaz desta mulher, que se acaba completamente. Também há a vilanização da amante, como se a culpa fosse dela, e não dele. Hoje no movimento feminista a gente tem a compreensão que a amante existe porque tem um homem que é casado e está traindo sua mulher. O problema é o homem, não é da amante. Então, reorganizar o discurso e mostrá-lo por um outro ponto de vista, acredito que a mulher tem mais sensibilidade para isso. Não sabia que ia descobrir tudo isso no Dom Pedro, mas o Cauã percebeu que para falar sobre um homem nos dias de hoje seria muito importante que fosse uma mulher, para revelar coisas que nem ele tinha consciência também. É o novo momento que a gente está vivendo na sociedade, de dar oportunidade para novos pontos de vista. Estava conectado com isso e fez esse convite. Acredito que um homem contando essa história não daria ênfase para essas questões que para mim são muito importantes, para todas nós mulheres hoje porque esse Dom Pedro de lá de trás a gente tropeça nele nas esquinas. 

Inclusive por isso, a história se passa há quase 200 anos, mas as situações ali contadas vemos hoje no Brasil, como as de raça e gênero. O Brasil não avançou?

Não avançou. É muito triste ver isso, angustiante perceber que o país teve um momento, uma oportunidade, justamente na independência, na hora que quer seguir por conta própria sem ter uma coroa lhe arrancando dinheiro, limpando questões que não dizia respeito ao Brasil, era uma grande oportunidade para se implantar um projeto de país em que a gente tivesse uma população que fosse reconhecida todos e todas como brasileiras. E a maioria da população na época era preta, vinda obrigada, arrancada de suas culturas de várias regiões da África. Era uma grande oportunidade de acabar com a escravidão naquele momento, mas não bastava ser como depois acabou, de fato, por um decreto. Mas nenhum projeto foi colocado. Naquele momento, há 200 anos, poderia ter sido desenhado – e teve esse rascunho, que foi jogado para debaixo do tapete -, um projeto de país com uma população que tivesse direito à moradia, ao trabalho, à educação, à saúde, que tirasse esse abismo social de uma elite econômica, principalmente ruralista, de fazendeiros arrancando os bens naturais do Brasil, se beneficiando financeiramente com isso, sem dividir com toda uma população. Esse abismo social, se a gente for analisar, não mudou nada. Acho muito triste. Neste sentido, não são 200 anos de independência do Brasil, são 200 anos de atraso. Estamos 200 anos atrasados para um projeto, porque nunca foi bem planejado e muito menos executado. Mas sim uma elite parasita arrancando e se beneficiando só para eles, mantendo o abismo social que os ajuda a ficar no poder. Quase nenhum outro país no mundo tem esse disparate social, é assustador o que acontece aqui e tudo que vem junto. Na hora que a gente analisa que a população brasileira na sua maioria hoje é preta, 54%, naquela época muito mais, e continua igual, principalmente na hora que vai analisar onde eles estão. Porque não tem mais a escravidão, mas ela (população negra) está a maioria dentro dos presídios, nas calçadas passando fome, sem educação, sem recursos mínimos, na miséria, é uma vergonha. Acho isso muito triste e mostra como nós brasileiros somos insensíveis quando a gente concorda em manter as mesmas características de 200 anos. Apagando e nunca escrevendo nos livros oficiais a história do verdadeiro povo brasileiro, mantendo esse ponto de vista sempre deste vencedor, que é aquele que oprimiu tanto os outros. De uma certa forma o filme também questiona essas estátuas que foram erguidas, e custam caro. Alguém financiou essa estátua, tem o interesse de manter simbolicamente aquilo. É muito importante a gente entender quem ergueu a estátua, não só idolatrar. 

Para você, qual foi o real papel de Dom Pedro I na história do Brasil? 

É complexa a resposta, porque se a gente entra na cabeça dele, tudo que aconteceu em sua vida, também foi traído pela própria família. Porque o pai e a mãe, quando vão embora, sem avisá-lo, vão no Banco do Brasil e pegam simplesmente tudo. Quando já partiram,  ele vai no cofre ver o quanto tem de recursos, descobre que não tem nada. É de uma traição… Enquanto a corte morava aqui, tudo, depois que vai embora nem para o filho. ‘Você fica aí cuidando deste país e se vira’. Quando Dom Pedro faz a independência do Brasil, comparo muito com adolescente quando fica independente dos pais e sai de casa, mesmo sabendo que não tem para onde ir, vai ter de comer o que nunca comeu, vai se aventurar nesse mundo. A sensação que tenho da figura dele é que viveu um trauma imenso, de ter que segurar um país do tamanho que é, continental, e fez disso uma questão pessoal. Não deixou o Brasil se despedaçar em pequenas repúblicas como aconteceu com toda América Latina. Isso era uma tendência natural, poderia ter acontecido, sem dúvida nenhuma. Estava tudo caminhando para isso, mas ele, que se sentia muito mais um militar do que monarca – um estrategista militar que era mesmo, muito inteligente -, ele com uma determinação quase que infantil – e é isso que trago no filme, porque ele desde criança era apaixonado por Bonaparte – no fundo queria ser Napoleão. O Brasil era seu império como o de Napoleão. E o império tinha de ter território. Ele fez disso a vida dele. Oprimiu e fez guerras horríveis dentro do nosso país para continuar a ser o Brasil continental que era. Essas histórias precisam ser contadas. Temos a independência do Brasil na Bahia, no dia 2 de julho, que acho que é o melhor exemplo disso. A Bahia queria outra independência, não a que ele fez. Foi a que mais explicitou através de uma guerra, mas outras regiões também. O Brasil é o que é hoje a custa de muita opressão, de muita morte e quase que por um desejo infantil de uma pessoa, que é Dom Pedro I. 

E um dos desejos dele era de que o coração ficasse na cidade do Porto, mas está aqui e vai para lá no dia 8 de setembro. Como acha que ele estaria vendo esse empréstimo?

Um horror. Tenho certeza que não ia entender nada. Porque ele se via muito mais como um militar do que um monarca. Era apaixonado pelo Brasil, se considerava brasileiro. Um dos motivos dessa fragilidade emocional ao deixar o país é que para ele ser expulso, apedrejado, era inadmissível. Não entendia como os brasileiros não o reconheciam como um, porque ele se sentia. Vai embora com essa mágoa e faz uma luta quixotesca em Portugal contra seu próprio irmão – tudo dizia que ia perder, tinha 7 mil soldados contra 80 mil do irmão. E não é que estavam com ele 100%, porque teve de contratar mercenários para entrar nessa guerra. Chegou na Europa e teve de enfrentar um exército. Foi para Porto, onde toda população embarcou no seu projeto de luta contra seu irmão, mesmo sabendo que poderiam morrer. Lutaram como guerrilheiros, com faca no dente, passaram um inverno rigoroso, sem comida, ficaram isolados, não tinham troca. Tinham de viver com o pouco que tinham ali, foi muito difícil. E Dom Pedro sabia que todos estavam ali por um desejo dele, tinha essa percepção. Era muito grato à população do Porto. Quando venceram essa guerra, logo depois morreu, porque pegou uma tuberculose nesse inverno rigoroso que passaram lá. E no leito de morte fez um pedido que o corpo dele, quando morresse, voltasse para o Brasil, mas que o coração ficasse na cidade, porque era a forma dele agradecer a valentia da população que lutou com ele, sabendo que era uma guerra perdida, mas que venceram pela determinação. Esse coração foi um pedido do próprio, que morasse lá, que pertence à história de Portugal, à população do Porto, é um desejo dele. O coração não tem nada a ver com nossa história, não nos pertence, é a história de Portugal. É como pegar uma estátua de um evento deles e trazer para cá. Não tem nada a ver ele vir para cá, simbolicamente. E é um desrespeito também com Portugal trazer este órgão tão frágil. Estive lá recentemente, quando o filme foi lançado, visitei o coração na igreja da Lapa, conversei com os funcionários, e eles falaram ‘é um pedido estranhíssimo’. Porque só no transporte pode correr o risco do coração desmanchar, porque ele não pode balançar, não pode pegar luz, ele tem 200 anos e está se desmanchando dentro de um líquido. Por isso tem de ficar num lugar escuro, não pode ficar exposto muito tempo. Até ficou uma vez, quando os cientistas queriam ver como ele estava, mas todo mundo olhou e logo fechou. Corre o risco de voltar para lá e se desfazer mais ainda. Acho uma pena ser usado por um motivo político, ufanista, fora de contexto. Como brasileira tenho vergonha. 

Os norte-americanos usam o cinema para contar ao mundo sobre a cultura deles. Acredita que o cinema brasileiro trabalhe dessa forma? E qual a importância desta arte para construir também a nossa identidade?

O cinema como a arte em geral é muito importante para que a gente se reconheça e faça reflexões. Mesmo um filme de puro entretenimento tem coisas ali que faz parar para pensar e pode influenciar sua vida. Por isso temos de produzir arte no Brasil, não só o cinema. Gosto de falar que o cinema é uma indústria do audiovisual, mas chamo de indústria dos sonhos, porque produzimos isso, produzimos imaginário, e assistir a um filme é como se a gente entrasse naquele lugar. Sabe quando você vê uma história que fala com seu coração? É um tipo de sonho. Por isso temos de tomar cuidado com as histórias que a gente conta porque estamos influenciando alguém, mesmo num filme de ação simples. Ao mesmo tempo precisamos contar nossas histórias. É do humano, que desde sempre sentava na época primitiva ao redor da fogueira para ouvir histórias. Nós somos quem somos porque temos a capacidade de abstração e precisamos disso. Vivemos disso. Essa capacidade do nosso intelecto, a gente precisa alimentar e o cinema é uma peça fundamental para a gente se reconhecer. É um jogo de espelho. Qualquer país tem de ter sua produção de arte, audiovisual, para se reconhecer na tela. Isso cria autoestima, te faz entender quem você é hoje, mesmo numa história do passado, ou do futuro. Te faz entender quem somos nós hoje. Devemos sim assistir filmes de outros países, para também entendermos quem somos nós nesse todo do planeta. E é importante que a nossa cinematografia viaje também para outros países para que nos entendam um pouco mais. Por isso ter uma cinematografia com diversidade de gênero, de histórias, de pontos de vista de quem está narrando, é importante para não ficar uma caricatura do nosso país. Porque às vezes viaja só um tipo de filme, e parece que o Brasil é só aquilo, e não é. Principalmente por ser tão grande.

(Miriam Gimenes/Agenda Bonifácio)

Publicada em 1 de setembro de 2022

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