A boa vida da Marquesa de Santos após o fim do romance com D. Pedro I

Domitila de Castro Canto e Melo (1797-1867), a Marquesa de Santos, entrou para a história como amante de D. Pedro I, com quem manteve um tórrido romance que durou sete anos (1822-1829) e gerou cinco filhos com o imperador brasileiro. Mesmo à sombra da imperatriz Leopoldina – a esposa oficial do monarca brasileiro, que morreria em 1826 –, Domitila exerceu forte influência sobre o imperador. Sua vida, porém, deu uma guinada em 1829, depois que D. Pedro I pôs fim ao romance e a expulsou da Corte quando se preparava para se casar pela segunda vez, com Amélia de Leuchtenburg, princesa da Bavária. Mas Domitila não caiu no ostracismo. Instalou-se em São Paulo e, anos depois, casou-se com o Rafael Tobias de Aguiar, um militar rico e influente em Sorocaba, no interior paulista. A união durou 24 anos e, juntos, tiveram seis filhos. Nesse período, Domitila foi cortejada pela elite paulista. Em sua casa na capital, o Solar da Marquesa, na antiga Rua do Carmo (hoje Rua Roberto Simonsen), Domitila organizava saraus de literatura e grandes bailes de máscaras. Em 1857, ficou viúva e nos anos seguintes se dedicou a obras de caridade, até sua morte,  em 1867, aos 69 anos.

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